Milton Silva Campos do Nascimento, nasceu no Rio de Janeiro no dia 26/10/1942. Foi adotado nos seus primeiros meses de vida; aos dois anos de idade foi morar com os pais adotivos na cidade de Três Pontas, Sul de Minas. Recebeu na infância o apelido de Bituca.
No início da década de 1960, Bituca foi morar em Belo Horizonte onde conheceu os amigos que mudariam sua vida e a história da música popular brasileira, colocando Minas Gerais no mapa mundi da música.
Dono de uma voz rara, Milton Nascimento é reconhecido como um dos mais influentes e talentosos compositores brasileiros.
Milton Nascimento é o “centro irradiador de criação na história da MPB. Ele, sozinho, responde por um movimento ou escola. Depois, ao lado de seus parceiros do Clube da Esquina, vai ampliar a revolução suave que trazia na alma. Sua presença na cena musical mineira e brasileira irá incorporar tanto uma leitura muito rica e inteligente da tradição musical como acrescentar à arte da música popular brasileira novas direções”.
Foto: Marcos Hermes / Divulgação
“É em meio a tanta riqueza e diversidade que surge Milton Nascimento, como novo centro irradiador de criação na história da MPB. Ele, sozinho, responde por um movimento ou escola. Depois, ao lado de seus parceiros do Clube da Esquina, vai ampliar a revolução suave que trazia na alma. Sua presença na cena musical mineira e brasileira irá incorporar tanto uma leitura muito rica e inteligente da tradição musical como acrescentar à arte da música popular brasileira novas direções.
A trajetória do artista, como o leito de um rio de correnteza determinada, carrega águas profundas do passado, se junta a novos afluentes estéticos de várias partes do mundo, deixa sua assinatura personalíssima, congrega generosamente muitos parceiros e segue em frente abrindo veredas para novos artistas, que vão se inspirar em seus gestos e intuições. Ele mesmo, com sua inquietude criativa, não deixará nunca se acorrentar apenas ao momento fundador. Sua arte está sempre a caminho”.
Texto do jornalista João Paulo Cunha publicado no livro “Coração Americano – Bastidores do álbum Clube da Esquina”.
