Autora busca ‘sócios’ para reeditar a história do
‘Clube da Esquina’
Andréa Estanislau faz campanha de financiamento coletivo para reimprimir “Coração americano”, sobre os bastidores da gravação do álbum que lançou o movimento
No ano em que se comemoram os 50 anos do Clube da Esquina, Andréa Estanislau lançou uma campanha de financiamento coletivo para bancar os custos de reimpressão de seu livro “Coração americano – Bastidores do álbum Clube da Esquina”. Lançada em 2008, a obra conta a história do disco “Clube da Esquina” (EMI-Odeon), gravado em 1971 e lançado em março de 1972.
Ela admite que é um livro de fã para fã, que surgiu como seu projeto de graduação em comunicação visual pela Escola de Design da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg). “O projeto surgiu pela minha paixão pela música, que começa na infância.
Porém, na minha adolescência descobri o Clube da Esquina pela Rádio Inconfidência FM.” Ela conta que se apaixonou “perdidamente pelo disco ‘Clube da Esquina’ e durante vários anos ouvia falar do movimento, mas não entendia o que era”.
No período da faculdade, ao final do quarto ano, quando teria que desenvolver um projeto de graduação, assistindo ao programa ‘Bem Brasil’, com Beto Guedes, na TV, ela teve a ideia de fazer o projeto.
“Quando (o compositor Fernando) Brant morreu (em 2015), percebi que esse livro não poderia ficar em uma edição de somente mil exemplares. É uma história rica, um patrimônio importante para ficar desconhecido. E essa história tem que circular, para que as pessoas possam conhecer e reconhecer esse patrimônio”
Andréa Estanislau, autora de “Coração americano – Bastidores do álbum Clube da Esquina”
AMIGOS
Ao pesquisar sobre a produção do disco, ela se deparou com a “história fantástica que, despretensiosamente, foi vivida por aqueles jovens, uma história incrível de uns amigos que se uniram em torno da música. E, unidos pela amizade, fizeram um disco que é um marco na música popular brasileira”.
Com seu livro, a autora diz ter feito “uma viagem no tempo”. “Conheci muitas pessoas e lugares e essa linda história que, embora tenha acontecido em BH, muitos belo-horizontinos desconhecem.”
A autora convidou também o jornalista João Paulo Cunha, o historiador Bernardo Mata Machado, além de Chico Amaral, Fernando Brant, Lô Borges, Márcio Borges, Rodrigo James, Ronaldo Bastos, Tavito e Toninho Horta para escreverem textos.
SEGUNDA EDIÇÃO
A autora conta que o livro teve uma segunda edição, atualizada e ampliada. As mortes de Tavito (1948-2019) e Fernando Brant (1946-2015) são abordadas na nova versão. “Quando Brant morreu, percebi que esse livro não poderia ficar em uma edição de somente mil exemplares. É uma história rica, um patrimônio importante para ficar desconhecido. E essa história tem que circular, para que as pessoas possam conhecer e reconhecer esse patrimônio”, diz Andréa.
(no financiamento coletivo via plataforma Catarse https://bit.ly/CoracaoAmericano)